terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Zumbido fantasma

Fonte: Agência Fapesp
Uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) indica que, dependendo do nível de silêncio e do grau de atenção, pessoas com audição normal podem ouvir ruídos fantasma passíveis de ser confundidos com o zumbido, um problema que afeta cerca de 17% da população mundial.

De acordo com fonoaudióloga Keila Knobel, autora da pesquisa, o estudo avaliou 66 pessoas com audição normal, que não sofrem com nenhum tipo de zumbido. Os participantes foram isolados numa câmara silenciosa onde nenhum ruído foi emitido.

Recebendo orientação de focar a atenção nos estímulos auditivos, 68% deles ouviram zumbidos e outros ruídos, mesmo com a cabine em completo silêncio. Quando a atenção era orientada para estímulos visuais, 45,5% ouviram os ruídos. Quando os participantes se dedicaram a uma tarefa, apenas 19,7% ouviram ruídos.

“Foi muito visível o efeito da atenção sobre a percepção do zumbido no silêncio. Hoje, a principal orientação dada aos pacientes que sofrem com o problema é que evitem o ambiente silencioso. Mas agora vemos que pode ser importante também mudar o foco da atenção. Essa constatação pode levar a uma aplicação clínica”, disse Keila à Agência FAPESP.

Segundo a pesquisadora, um conhecido estudo realizado em 1953 constatou que 94% das pessoas colocadas numa câmara silenciosa relataram algum tipo de ruído. Desde então, acredita-se que quase todo mundo tem algum tipo de zumbido, mas que a maioria não percebe graças ao som ambiental que encobre os ruídos.

“Foi um estudo marcante, mas tinha falhas metodológicas, pois eles não chegaram a avaliar previamente a audição dos participantes. Nosso estudo mostra que o zumbido ocorre em pessoas totalmente saudáveis, mas em proporção bem menor do que se acreditava. Por outro lado, constatamos que a atenção da pessoa influencia decisivamente”, afirmou a cientista.

O teste foi dividido em três etapas. Na primeira, antes de os participantes entrarem na cabine acústica, os pesquisadores avisaram que poderiam ouvir um ruído ou não. A grande maioria (68%) ouviu algum tipo de zumbido ou outros ruídos.

Na segunda etapa, os participantes foram informados de que poderiam perceber alguma alteração na iluminação da cabine. “Com a atenção na via visual, 45% das pessoas disseram que não viram mudança na luz, mas que ouviram ruídos, que na verdade eram percepções auditivas fantasma, já que não correspondiam a sons no ambiente”, disse.

Na última etapa, os voluntários foram orientados a montar um quebra-cabeça conhecido como Torre de Hanói, que consiste em organizar discos de madeira de diferentes tamanhos em três pinos, freqüentemente usado como procedimento para avaliação da capacidade de memória de trabalho.

“A pessoa sempre era induzida a pensar que estava fazendo um experimento de atenção. Com a concentração na tarefa, o número de participantes que relatou ter ouvido o ruído fantasma diminuiu para 19,7%”, declarou Keila.
Alucinações auditivas
Um fator que chamou a atenção dos pesquisadores foi a qualidade dos sons relatados pelos participantes. A maior parte deles (58%) ouviu sons que não são característicos de quem sofre de zumbido no ouvido e sim de típicas alucinações auditivas.

“Geralmente, quem tem zumbido no ouvido em ambiente silencioso descreve o ruído como um apito, uma cachoeira, uma cigarra, um grilo e outros sons contínuos. Nesses casos, as pessoas ouviram vozes de pessoas, bebês chorando e latidos de cachorros.”

Apenas 20% dos que relataram zumbidos disseram acreditar que o som era proveniente de seus próprios ouvidos. “Os outros acharam que ouviam realmente um som no ambiente. Algumas pessoas relataram, por exemplo, que me ouviram andar de salto alto fora da cabine. Mas eu permaneci sentada todo o tempo.”

De acordo com Keila, os relatos indicam que, assim como o zumbido pode estar presente em pessoas saudáveis, o modo de funcionamento normal do cérebro parece fornecer em si mesmo um substrato para as alucinações auditivas.

“É possível que o cérebro normal tenha mecanismos de geração de alucinações auditivas quando se encontra em presença de silêncio e com a atenção voltada para a audição. Provavelmente a atenção ativa o córtex auditivo mesmo no ambiente silencioso”, explicou.

A pesquisadora destaca que o zumbido no ouvido não é uma doença. Apenas 25% das pessoas que ouvem o zumbido o vêem como um problema e procuram ajuda médica. Um zumbido da mesma intensidade pode gerar diferentes reações.
“Uma pessoa pode ignorá-lo e conviver com ele sem dificuldade, enquanto outra pode sofrer profundamente. O efeito vai depender das associações que se vá fazer com o ruído."

O estudo resultou na tese de doutorado de Keila que foi orientada por Tanit Sanchez. Parte de seus resultados foram publicados na revista Otolaryngology – Head and Neck Surgery, editada pela Academia Norte-Americana de Otorrinolaringologia.

O artigo Influence of silence and attention on tinnitus perception, de Keila Knobel e Tanit Sanchez, pode ser lido por assinantes do Otolaryngology – Head and Neck Surgery em http://www.otojournal.org/article/PIIS0194599807017755/abstract.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Avós da Via Láctea são descobertas

Da Agência Fapesp

Estudo apresentado na reunião anual da Sociedade Astronômica Norte-Americana mostra a descoberta, a 12 bilhões de anos-luz, de formações ancestrais de galáxias espirais como a que contém o Sistema Solar (Foto divulgação)



Formações ancestrais de galáxias espirais como a Via Láctea acabam de ser descobertas por um grupo de astrônomos nos Estados Unidos.

Os antigos objetos estão entre as primeiras galáxias a se formar, em um momento em que o Universo tinha apenas 2 bilhões de anos. Como o Universo tem estimados 13,7 bilhões de anos, isso significa que a luz dessas galáxias viajou por quase 12 bilhões de anos até chegar à Terra e poder ser registrada.

As formações descobertas são relativamente pequenas, com em média um décimo do tamanho e um vigésimo da massa da Via Láctea. Elas também contam com menor número de estrelas, cerca de 40 vezes menos.

Ao serem observados por telescópios na superfície, os objetos pareciam estrelas individuais. Entretanto, observações feitas por meio do telescópio espacial Hubble mostraram que se tratavam de galáxias com atividade de formação de estrelas.

Segundo os astrônomos, algumas das galáxias descobertas se reuniram em grupos de dez ou mais para formar, após bilhões de anos, galáxias espirais. “Sabíamos que, de acordo com a teoria cosmológica, galáxias espirais tinham que evoluir a partir de galáxias com pequena massa, como essas, mas o desafio era encontrá-las. Galáxias da infância do Universo haviam sido descobertas anteriormente, mas eram maiores e estavam destinadas a evoluir em galáxias elípticas, não espirais”, disse Eric Gawiser, professor do Departamento de Física e Astronomia da Universidade Rutgers.

A descoberta foi apresentada nesta terça-feira (8/1) por Gawiser e Caryl Gronwall, do Departamento de Astronomia e Astrofísica da Universidade Penn State, na reunião anual da Sociedade Astronômica Norte-Americana, que termina no dia 11, em Austin, no Texas.

“Encontrar esses objetos e descobrir que eles representam um passo na evolução de nossa galáxia é como descobrir um fóssil fundamental na história da evolução humana”, disse Gawiser.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Alimentos contra o câncer

Da Agência Fapesp

Uma alimentação rica em alguns tipos de folhas, vegetais e frutas pode prevenir o câncer de colo uterino. A conclusão é de um estudo feito pela nutricionista Luciana Yuki Tomita com 1.378 mulheres atendidas em dois hospitais públicos da capital paulista.

As voluntárias responderam a questionários sobre tipos de alimentos, tamanho das porções e freqüência de consumo no ano anterior ao do estudo. A pesquisa foi apresentada em tese de doutorado defendida no Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP).

O câncer de colo uterino é causado por uma lesão conhecida como neoplasia intra-epitelial cervical (NIC), que por sua vez é causada pela infecção pelo papilomavírus humano (HPV) do tipo cancerígeno. Por meio do exame de papanicolau é possível identificar a lesão e tratá-la antes que evolua para câncer.

Luciana comparou a alimentação de mulheres com NIC e sem nenhuma lesão. A neoplasia tem três estágios de evolução, da lesão mais precoce e mais fácil de ser curada, a NIC1, até a NIC3, última etapa pré-câncer antes de a lesão se transformar na doença.

O estudo verificou que mulheres que consumiram mais folhas verde-escuras (como agrião, espinafre e couve), vegetais como pimentão e brócolis, além de frutas de cor laranja ou amarela (entre as quais mamão, manga, laranja e acerola), tiveram menor risco de desenvolver o NIC3.

De 230 mulheres com NIC3 analisadas, 118 apresentaram baixo consumo (em média 16 gramas por dia) de folhas, vegetais e frutas. Enquanto isso o grupo controle, formado por 453 participantes sem nenhuma lesão, consumiu, em média, 28 gramas por dia. O restante das entrevistadas tinha NIC1 ou NIC2 e também apresentou consumo abaixo da média.

“O estudo, que teve como base dados probabilísticos coletados nas entrevistas, destaca que as mulheres que ingeriram esses alimentos tiveram um risco aproximadamente 50% menor de ter NIC3 no colo uterino, quando comparado com as que não o fizeram”, disse Luciana à Agência FAPESP.


Causas prováveis

Em busca das causas da menor probabilidade de contrair a doença, a pesquisadora fez uma série de análises estatísticas das porções diárias consumidas pelas entrevistadas com dados de literatura sobre os antioxidantes presentes nos alimentos.

“Nossa hipótese é que os carotenóides, antioxidantes que contribuem para a diminuição da proporção de radicais livres no organismo, seriam potenciais responsáveis por esse efeito benéfico dos alimentos. Os radicais livres induzem a má formação de células, entre as quais imunológicas, diminuindo a imunidade da mulher e causando lesões”, disse.

O estudo também contou com amostras de sangue de 70% das entrevistadas, com e sem lesão, e observou nas mulheres sadias níveis maiores de licopeno, outro antioxidante encontrado em produtos como o tomate, a melancia e a goiaba.

“A concentração de licopeno no sangue das mulheres que não tinham nenhuma lesão foi de 1,10 micromol por litro. Já as com NIC3 tinham 0,74 micromol por litro do antioxidante. Isso sugere que o maior consumo de alimentos que tenham licopeno também pode evitar o desenvolvimento do câncer de colo uterino”, disse.

Luciana alerta que o câncer de colo uterino é a segunda maior causa de morte entre as mulheres pela doença em todo o mundo, perdendo apenas para o câncer de mama, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Estima-se que sejam identificados cerca de 470 mil novos casos de câncer de colo uterino por ano no mundo, sendo registrados mais de 200 mil óbitos anuais pela doença”, apontou.

O projeto de pesquisa de Luciana, que teve bolsa da FAPESP, foi premiado no Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação da Faculdade de Saúde Pública da USP, realizado em dezembro de 2007 com o objetivo de divulgar pesquisas de iniciação científica, mestrado e doutorado desenvolvidas por alunos da faculdade.

O trabalho, intitulado Consumo alimentar e concentrações séricas de micronutrientes: associação com lesões neoplásicas cervicais e orientado pela professora Marly Augusto Cardoso, do Departamento de Nutrição da FSP, ficou em primeiro lugar na categoria Doutorado.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Vale tudo

Da Agência FAPESP

O consumo diário de álcool promove mudanças no comportamento sexual masculino. A afirmação é de um estudo feito por um grupo da Universidade Penn State, nos Estados Unidos, publicada nesta quarta-feira (2/1) na PloS One, da Public Library of Science.

De acordo com os autores, a pesquisa levou a descobertas de grande importância para estudos sobre alcoolismo. O estudo é o primeiro a caracterizar efeitos da exposição crônica ao álcool em moscas-das-frutas, modelo escolhido para o trabalho.


“Evidências fisiológicas que apóiem teorias a respeito do efeito de bebidas álcoolicas são escassas. Por conta disso, poder contar com um modelo animal adequado possibilitou a condução de uma pesquisa laboratorial muito necessária nesse assunto”, disse o neurocientista Kyung-An Han, líder do grupo. Segundo Han, informações derivadas do trabalho poderão servir como base para estudos semelhantes em outros animais, incluindo o homem.

Os pesquisadores administraram doses diárias de etanol a moscas-das-frutas de modo a simular o hábito do consumo freqüente de bebidas. O grupo investigou diversos fatores que influenciam os efeitos do etanol, como experiência anterior, idade e características genéticas e celulares.

Uma das descobertas da equipe foi que machos submetidos diariamente ao álcool, que tipicamente cortejam fêmeas, passaram também a cortejar ativamente outros machos. “Identificamos moléculas fundamentais para a desinibição induzida pelo álcool e verificamos que a dopamina é um mediador-chave para a corte induzida entre machos”, explicou Han.

Outra conclusão do estudo é que a exposição repetida ao etanol fez com que machos passassem a procurar com maior freqüência a relação com outros machos. “Se um comportamento como o consumo de álcool se torna mais prazeroso à medida que ele se torna mais freqüente, há maiores chances de que os indivíduos continuem a repeti-lo”, disse Han.

Os pesquisadores suspeitam que o que chamam de “sensibilização comportamental” resulte de mudanças adaptivas nas células cerebrais induzidas pelo consumo crônico de álcool. Na continuação do estudo, pretendem usar a sensibilização como um modelo para estudos fisiológicos de comportamentos ligados à dependência química.

Outra conclusão da pesquisa é que a corte induzida pelo etanol é afetada pela idade. “À medida que as moscas ficam mais velhas, suas capacidades cognitivas declinam, tornando-as mais suscetíveis aos efeitos negativos do etanol”, disse Han.

A pesquisa mostrou que, sob efeito do álcool, machos de meia-idade e idosos (de duas a quatro semanas) tiveram propensão maior para o contato desinibido com outros machos quando comparados com indivíduos mais jovens, com cerca de quatro dias.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Boa alimentação toma conta de vários sites na Internet

Uma nova pesquisa analisou sites que oferecem programas de emagrecimento. O estudo, de caráter exploratório, constatou que modelos oferecidos na internet já incorporam a reeducação alimentar no lugar da tradicional dieta rigorosa.

De acordo com a autora Ligia Amparo da Silva Santos, professora adjunta no Departamento Ciências da Nutrição da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o objetivo do trabalho foi chamar a atenção para uma prática muito utilizada por quem deseja perder peso.

“A ciência não tem explorado os sentidos e significados desses programas na internet. Suponho que ainda seja precoce levantar conclusões, mesmo que provisórias, mas um dos diagnósticos a ser investigado é por que procurar tais programas e não profissionais de saúde”, disse Ligia.

Segundo o estudo, publicado em artigo na revista Physis, Revista de Saúde Coletiva, a mudança de paradigma em relação aos programas de reeducação alimentar – a reeducação no lugar da “dieta rígida, monótona e rigorosa” – precisa ser mais bem avaliada.

O estudo selecionou seis sites conhecidos, a partir de uma amostra de 336 relacionados a programas de emagrecimento disponíveis no Brasil, durante um período de dois meses. Os sites analisados (Cyberdiet, Emagrecendo, Perca Gordura, Sempre em Forma, Good Light e Dieta Diet) foram divididos em duas categorias: de conteúdos abertos e de conteúdos fechados, só para assinantes.

Em ambos os grupos, foram analisadas imagens, receitas, reportagens depoimentos e outros aspectos. De acordo com Ligia, os sites abertos usavam uma estratégia bastante utilizada nas revistas femininas, em que “personalidades funcionam como identificação e projeção, servindo de estímulo ao público”.

“Uma segunda estratégia é a do ‘antes e depois’, que tem o intuito de demonstrar os resultados do programa. É um recurso de colocar ‘gente como a gente’, o que traz maior identificação com o público. Com as tecnologias da informática, muitos sites sobrepõem fotos, alternando as imagens do antes e depois do emagrecimento, em um jogo visual que pode causar importante impacto em usuários potenciais”, destacou.

Esses sites oferecem muitos textos, reportagens e dicas sobre diferentes temas, do tipo propriedades dos alimentos, alimentação e dieta, dicas do que fazer quando sentir fome, orientações sobre atividades físicas e cálculo do índice de massa corporal, que é um dos primeiros elementos visualizados nas páginas.

Já os de conteúdo fechado oferecem também espaços para compras de produtos, livros e visualização do progresso da dieta. Os usuários têm um canal exclusivo de e-mail, além de chat e telefone (com horários preestabelecidos). Especialistas em nutrição, atividade física e psicologia ficam à disposição dos usuários.

“Os depoimentos publicados nos sites atribuem permanentemente uma situação de conforto e apoio por meio desses profissionais. Trata-se de uma relação paradoxal, na qual se sabe que há alguém constantemente presente, mas não se conhece quem está controlando e auxiliando no processo”, disse a pesquisadora.


Gastronomia e ciências da nutrição

De acordo com a pesquisa, os múltiplos discursos na internet relacionados à dieta não se afastam dos discursos médico-nutricionais e a referência à dieta hipocalórica e hipolipídica não parece ser contestada. Os textos são reelaborados, buscando elementos da vida cotidiana dos sujeitos para consubstanciá-los dentro da lógica publicitária.

Foi observada uma mudança de concepção nas tentativas de criar estratégias educacionais. O “fazer dieta” vem cedendo espaço para o “comer de tudo sem passar fome”. A gastronomia entra, segundo Ligia, como “elo importante do resgate do prazer em comer, ao estabelecer uma aliança com as ciências da nutrição”.

“O gosto é um dos aspectos mais subversivos do corpo, o direito ao prazer é uma espécie de reivindicação silenciosa do corpo e sobre isso a nutrição precisa pensar junto com a gastronomia. As ciências da nutrição, no bojo da sua história, secundarizaram o prazer – um importante objeto da gastronomia – em prol da saúde. Isso está sendo paulatinamente revisto”, disse, enfatizando em seguida o caráter ainda preliminar do estudo.

“Comer é muito mais do que a ingestão de nutrientes para garantir a funcionalidade do organismo na preservação e promoção da saúde. Trata-se de uma prática cultural, construída e ao mesmo tempo construtora de identidades, uma forma de sociabilidade e de prazer. O projeto da ciência em transformar o comer em apenas nutrir o corpo não tem funcionado e a resposta vem dos próprios sujeitos”, afirmou a autora.

Para ler o artigo Os programas de emagrecimento na internet: um estudo exploratório, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), clique aqui.

Fonte: Agência FAPESP